O amar da pós-modernidade é o amor hedonista.
O sentimento desse sujeito individualista é justificado pelo tempo que é "sem tempo", e fortalecido pelo descobrimento do prazer subjetivo.
O amar que está em alta na alta modernidade, não é totalmente sem emoção, mas é sem carne – um verdadeiro vegetarianismo sentimental...
Não nos permitimos mais ser passionais.
Somos auto-controlados.
A entrega é constrangedora, vergonhosa e não combina com nosso estilo Narciso de ser, já que doar-se pode ser associado à humilhar-se.
O amor dos pós-modernos não pode pedir amor ao amado, não pode sofrer, não pode discutir, não pode amar como aprendemos com as histórias de amor.
Nosso sentimento deve ser calmo e ponderado.
Sem alegorias e sem exageros.
A profundidade é descartada, ela não tem uma imagem agradável já que não traz prazer sem um pouco de dor e sofrimento.
Sheakespeare, o pai dos românticos, ficou no século passado, neste, só entram os jovens assexuados e sem coração quente.
Verdadeiros neo-dandis enfeitados.
E isto vale para ambos os gêneros.
Amar e ser amado não se deseja a não ser que ninguém saiba, que ninguém veja que foi algo pretendido.
Amor e fraqueza estão se confundindo, tornou-se embaraçoso amar.
Deve ser porque nada nos deixa mais vulnerável que o amor.
E ser vulnerável não combina com o novo egoísmo.
(os hedonistas estão me cansando)
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